E se você parasse de existir? Resenha: Lugar Nenhum, Neil Gaiman
Olá, criaturas leitoras! E pessoas!
Para começar o mês de agosto trago mais um livro do sublime autor!
Em Lugar Nenhum, lançado primeiramente no ano de 2005, Neil Gaiman nos insere em uma Nova Londres carregada de mistérios e criaturas diferentes desconhecida pelos habitantes comuns. Misturando fantasia com toques de ficção científica e realidade dramática, esta história nasceu como uma série de televisão encomendada pela BBC. Mas de acordo com a introdução neste volume de edição preferida do autor a série que fora ao ar o deixara incomodado, pois não atendia ao que criara em sua imaginação. Somente em um livro que o autor poderia exprimir tudo o que desejava, e este o fez competentemente.
Então, preparado para a leitura de hoje? :)
Richard Mayhew é um jovem de bom coração com uma vida banal, que é transformada quando ele ajuda uma garota que encontra ferida na rua. No dia seguinte, Richard deixa de existir para o mundo, como se tivesse se tornado invisível. Aquele pequeno ato de bondade o lança em um mundo que ele jamais sonhou existir, uma Londres subterrânea em que figuras inusitadas surgem dos esgotos e das estações de metrô, um mundo povoado pela escuridão. Agora, Richard vai precisar aprender a sobreviver nessa nova cidade de sombras e surpresas, de assassinos e anjos, se quiser algum dia recuperar sua antiga vida na Londres que ele sempre conheceu.
Escrita/Estrutura/Entre Outras Coisas...
Um dos pontos mais legais da escrita do autor é a descrição sobre lugares históricos, pontos turísticos, e ambientes da cidade que são essenciais para a trama. Digo isso porque também encontramos essas informações em outros exemplares de Neil Gaiman, como em Deuses Americanos, deixando assim o leitor muito bem informado. Lugar Nenhum é narrado em terceira pessoa e com capítulos que reúnem diversos personagens, que são claros e distinguidos não deixando a história bagunçada. Lembrando que o foco maior é em Richard Mayhew. Mas confesso que o ritmo demorou a acontecer pra mim, e a história começou a ficar curiosa e eletrizante lá pelo oitavo capítulo.
A trama é algo que eu nunca li antes que não faz parte de distopias ou outros gêneros literários atuais, é nova e mistura muitos elementos inusitados. Por exemplo, a mistura de fantasia com ficção científica e alguns personagens pertencentes à histórias religiosas e etc. Como é esperado o leitor consegue se projetar nos personagens, principalmente os principais que não possuem muitas facetas exageradas. Aos meus olhos o que mais chama a atenção na narrativa é o ambiente fantástico criado e a relação dos humanos/não humanos com os dois mundos.
